O escafoide é o osso chave na biomecânica do nosso punho. Ele funciona como um elo de conexão entre as fileiras proximal e distal dos ossos do punho.
Estatisticamente é o osso mais frequentemente fraturado nessa região e o mecanismo de trauma mais comum é uma queda com o punho em “esticado” muito frequente em praticantes de esportes como #futebol, #basquete, #volei, #snowboard e #esqui.
Apesar de sua importância para o bom funcionamento do punho, o diagnóstico nem sempre é realizado no primeiro atendimento!! O punho pode não inchar muito, o paciente consegue manter certa mobilidade e, além disso, as radiografias iniciais podem ser normais!! Devendo sempre ser suspeitada após um exame físico bem realizado.
A maioria das fraturas agudas necessitará o tratamento cirúrgico visando diminuir o tempo de recuperação e de imobilização, bem como promover a compressão e estabilização entre os fragmentos o que diminui os riscos de não consolidação da fratura e suas possíveis sequelas!
A cirurgia é realizada de forma minimamente invasiva, com fixação percutânea com um parafuso especial e auxiliada pela artroscopia de punho que permite confirmar sob visualização direta o melhor ponto de entrada para o parafuso, confirmar sua adequada redução, bem como diagnosticar lesões ligamentares ou condrais associadas.
Após essa cirurgia, o paciente tem alta hospitalar no mesmo dia e permanece imobilizado com uma órtese removível por 2 a 4 semanas, iniciando sua reabilitação o mais precocemente possível.
Muito frequente nas gestantes e lactantes a síndrome de D’Quervain às vezes também é carinhosamente chamada de punho das mamães! 🤱🏼
No entanto essa patologia não é exclusiva desse grupo, sendo bastante frequente também no restante da população!
A síndrome de De Quervain ocorre no primeiro compartimento extensor, próximo à base do polegar (dedão). De modo bem parecido com o que ocorre no dedo em gatilho, o tendão inflamado aumenta de volume e passa a apresentar um atrito anormal no túnel desse compartimento, causando dor.
Esse fato é mais comum em mulheres pós menopausa, gestantes e mulheres que amamentam devido a um aumento da retenção de líquidos no corpo causada pela alteração hormonal, favorecendo o inchaço dos tendões.
O diagnóstico é feito basicamente com a história e o exame físico no consultório. A dor típica referida pelos pacientes se localiza na região lateral do punho e piora com movimentos de lateralização e movimentos do polegar.
Muitas vezes também pode ser encontrado um inchaço nessa região causado pela inflamação. Em casos duvidosos podemos realizar um ultrassom para confirmar a doença.
O tratamento inicial pode ser feito com uma infiltração de medicamentos dentro do compartimento visando diminuir a inflamação, porém em casos avançados ou que não respondem à infiltração a liberação cirúrgica do compartimento está indicada.
Nas gestantes e lactantes espera-se uma melhora em algumas semanas, pois as alterações hormonais da gestação irão voltar ao padrão normal, melhorando os sintomas.
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